Estrutura em Samambaia deve ficar pronta em 2016 e é condição para desativar o Lixão do Jóquei
O SLU informou que o custo de R$ 82,7 milhões inclui também a operação por cinco anos das células de aterramento. Além disso, de acordo com a autarquia, o aterro fica entre Samambaia e Ceilândia e não em Samambaia, como constava na versão anterior da matéria.
Caminhões, escavadeiras e outras máquinas pesadas voltaram a fazer parte da rotina da área destinada ao Aterro Sanitário Oeste, entre Samambaia e Ceilândia. Paradas desde 2014, as obras de construção foram retomadas neste mês e devem ser concluídas até meados de 2016. Além de trazer mais segurança ao meio ambiente e à população, a entrada em operação do aterro é necessária para o fechamento do Lixão do Jóquei, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010).
No dia 20, reiniciou-se o preparo das fundações do local onde os rejeitos (materiais não reutilizáveis) ficarão depositados. O custo para construir e operar por cinco anos as células de aterramento, como são conhecidas as estruturas, será de R$ 82.745.120,00, bancados com recursos do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
Em 11 de julho, a pavimentação das vias internas e a colocação de meios-fios foi retomada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável também pela rede de drenagem pluvial e pela lagoa de contenção de água pluvial que integram o aterro. O investimento total dos empreendimentos da companhia é de R$ 12,2 milhões.
Outros contratos serão assinados nos próximos meses para financiar a pavimentação das vias de ligação do aterro à Rodovia DF-180, a construção das edificações necessárias para o local e a implantação do sistema de tratamento do chorume (líquido produzido pela matéria orgânica em decomposição), que vai ser coletado e bombeado para a Estação de Tratamento de Esgoto Melchior, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), vizinha do aterro.
Vida útil
O Aterro Sanitário Oeste terá 76 hectares, em uma área rural de Samambaia, com previsão de vida útil de pelo menos 13 anos e capacidade para receber 8,13 milhões de toneladas de rejeitos.
Segundo a diretora-geral do SLU, Kátia Campos, o aumento do tempo de uso do espaço está condicionado ao aprimoramento da reciclagem de resíduos sólidos e da compostagem de orgânicos — o que diminui a quantidade de material que chega ao aterro —, mas também à redução dos rejeitos produzidos pela sociedade. Um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, com a participação de diversas áreas do governo, inclusive o SLU, discute mecanismos para promover a conscientização e a educação ambiental sobre o tema.
Prioridade
A diretora-geral Kátia Campos acredita que as obras foram reiniciadas porque construir o aterro e desativar o Lixão do Jóquei tornaram-se objetivos do governo e não só da área de limpeza pública. No mesmo tom, o governador Rodrigo Rollemberg reforçou o desejo de ativar o primeiro e fechar o segundo em 2016: “Temos convicção de que no ano que vem estaremos em uma nova era no tratamento dos resíduos sólidos”. A declaração foi dada na manhã dessa quarta-feira (29), durante a assinatura de um acordo de cooperação técnica na área de resíduos hídricos.
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