Cinco unidades de ensino público do Distrito Federal são finalistas do concurso Saneamento nas escolas: nós fazemos. A última etapa — de apresentação do projeto de cada concorrente — será disputada na quinta-feira, às 14 horas, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do DF (na SGAS Quadra 901, conjunto D – Asa Sul).
O júri será formado por órgãos do governo de Brasília, parceiros do certame, e pela organizadora, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do DF (Abes).
Entre as classificadas para a fase final, a Escola Classe 15 de Ceilândia desenvolveu um projeto dividido em cinco frentes: posto de coleta de óleo, horta escolar, coleta seletiva, prevenção da dengue e identificação de vazamento. “A gente foca no mais primordial, que é a criança. Aí, ela leva para casa o conhecimento e vira uma multiplicadora, passa a informação, conscientiza”, destaca o diretor da unidade, Ricardo Koziel.
Para isso, os alunos iniciaram campanhas a fim de conscientizar sobre os malefícios do descarte incorreto do óleo de cozinha e incrementaram o trabalho na horta da escola. “Incluímos a criação da composteira, para que os alunos tenham noção do reaproveitamento”, acrescenta Koziel.
Como a unidade, que tem 450 alunos do 1º ao 5º ano, funciona em período integral, havia muito descarte de restos — como cascas de frutas e verduras — que agora são destinados para a compostagem. “Aprendemos mais nas oficinas, trabalhando na horta, não apenas dentro da sala de aula”, avalia Isabelle Lopes, 10 anos, do 5º ano.
O engajamento nos projetos também incentiva Lunna Alves, 11 anos, 5º ano, nas atividades escolares: “É um modo descontraído, não tem a tensão da sala de aula. É mais fácil estudar assim”.
A Escola Classe 15 de Ceilândia concorrerá com o Centro de Ensino Fundamental 01 do Riacho Fundo II, a Escola Classe Monjolo, o Centro de Ensino Fundamental 2 de Brazlândia e o Centro Educacional Agrourbano Ipê.
A proposta do concurso, que tem o objetivo de melhorar o saneamento básico com educação ambiental e mobilização da comunidade escolar, é que as unidades façam um diagnóstico no ambiente interno e no entorno. Assim, a partir dessa análise, os alunos e servidores devem se dedicar a ações para melhorar os pontos identificados.
Para dar continuidade às propostas do projeto apresentado no concurso, a escola vencedora ganhará R$ 10 mil. O segundo lugar receberá R$ 5 mil; o terceiro, R$ 3 mil e o quarto, R$ 2 mil. Da 5ª à 10ª posição, o prêmio será de R$ 1 mil. A premiação é patrocinada pela Caixa Econômica Federal.
O Centro Educacional 4 de Sobradinho, o Centro de Ensino Fundamental 213 de Santa Maria, a Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires, a Escola Classe 100 de Santa Maria e o Centro de Criatividade Infanto-Juvenil são os classificados de 5º ao 10º lugar.
Na quinta-feira (8), a comissão julgadora definirá os vencedores entre os cinco primeiros finalistas com base na apresentação, que é a terceira e última etapa. “Cada um terá 10 minutos para apresentar, e vale tudo, dançar, cantar, usar vídeo, mas o tempo é rígido. Alunos e professores podem participar, mas vai ser cronometrado”, explica a arquiteta Andrea Portugal, membro do Comitê de Resíduos Sólidos da Abes-DF.
Na primeira etapa, o júri avaliou os critérios técnicos, ou seja, se as escolas cumpriram as exigências do edital. Na segunda, a análise foi qualitativa.
Fazem parte da comissão julgadora, representantes da Secretaria de Educação, do Conselho de Educação do DF, da Universidade de Brasília (UnB), da Abes-DF, do Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e da Caixa Econômica Federal.
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) também são parceiras da iniciativa.
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