Vitor Pantoja/ASCOM SLU
Na última quinta-feira (12), o SLU promoveu visita das equipes de orientação da coleta seletiva das empresas prestadoras de serviços (Valor Ambiental, Sustentare e Consita) às Instalações de Recuperação de Resíduos (IRR’s) do SCIA. As unidades recebem cooperativas de catadores de materiais recicláveis que fazem a triagem manual, a prensagem, o enfardamento e a comercialização dos resíduos da coleta seletiva.
Diariamente, Valéria Alves separa em sua casa os resíduos em recicláveis e orgânicos. A funcionária da Valor Ambiental já adquiriu o hábito e atua como mobilizadora da coleta seletiva. Ela teve a oportunidade de conhecer o resultado do seu trabalho e testemunhar os desafios da separação adequada de resíduos no Distrito Federal. “Para mim foi um choque de realidade. A gente costuma falar da separação do lixo, do trabalho de mobilização que estamos fazendo na sociedade. Aqui, me deparei com a situação real da coleta seletiva. Achamos que os resíduos chegam bem separados, mas não é o que acontece. Foi bem impactante”, destacou. Para Valéria, a visita motivou as orientadoras para a melhoria do trabalho de conscientização.
Na atividade, que contou com presença das equipes técnicas e de mobilização do SLU, as participantes conheceram as áreas de recepção, prensagem, enfardamento e as esteiras de triagem dos materiais. Além disso, houve momentos de diálogo com os catadores, que falaram sobre os tipos de recicláveis e esclareceram dúvidas dos visitantes.
A catadora da Associação Ambiente, Ana Paula, trabalhou no antigo Lixão da Estrutural durante dez anos. Para ela, as condições de trabalho melhoraram muito com a construção das IRR’s, mas a qualidade da coleta seletiva no DF ainda é baixa. “As vezes chegam até animais mortos aqui. Muitas cascas de frutas, restos de comida, agulhas. As pessoas precisam se conscientizar do valor do catador e do trabalho que o catador desempenha, que é de grande importância para a sociedade”, disse. Ela enfatizou o impacto que o engajamento da população na coleta seletiva tem no aumento da renda dos profissionais.
“O objetivo da visita foi reforçar a importância do trabalho das equipes de orientação. É importante conversar com os catadores, ver como eles trabalham, saber as dificuldades deles. Esse aprendizado é fundamental para entender a relevância do trabalho de mobilização na melhoria da coleta seletiva no DF”, ressaltou Luana Sena, coordenadora de mobilização social do SLU.
A etapa final do evento foi uma roda de conversa. Os participantes refletiram sobre a qualidade da separação dos resíduos, a importância do trabalho dos catadores e sugeriram estratégias de ação para ampliar o envolvimento dos cidadãos no processo. “Se todos fizerem a coleta seletiva, os catadores ganham renda, perspectivas de crescimento e a sociedade se relaciona de uma forma mais sustentável com o meio ambiente”, acrescentou Bruna Soares, assessora técnica do SLU.
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